O Mito de Lupercus
terça-feira, dezembro 08, 2009
Houve um tempo na Terra do Povo que foi a Era do Grande Sofrimento, a Era do Lobo. Dianus, Senhor do Sol, havia viajado para longe e tudo sumira com Sua ausência; então os Grigori dos Quatro Ventos saíram à procura Dele para suplicar-lhe que voltasse.
Mas aconteceu que os Grigori foram trazidos perante o Trono de Dis, o Senhor Negro das Sombras, e disseram: "Então encontramos você aqui, no Reino da Vida Obscura?" "Sim," Dianus respondeu; "Agora vocês realmente viram minhas duas faces." Então os Grigori suplicaram a Dianus que voltasse, contando o sofrimento que Ele deixara atrás de Si no mundo. Mas Ele declinou, dizendo: "Os Deuses das Brumas, que são mais fortes do que Eu, ordenaram que seja assim, e não tenho forças para mudar o que deve acontecer".
Diana tinha entreouvido a conversa e levou os Grigori para o lado, em segredo. "Vocês precisam levar meu Filho Lupercus, que será gerado de Dianus, para que possa devolver a Luz ao Mundo." Então, chegou a hora, os Grigori pegaram o Deus recém-nascido e começaram sua longa jornada de volta do Reino das Sombras. Enquanto viajavam, comentavam como provar ao Povo do Mundo o valor desse novo Deus e decidiram, então, submetê-lo ao teste dos Doze Trabalhos de Lupercus:
1. Transportar o Carneiro Sagrado e colocá-lo entre as Estrelas.
2. Purificar o esconderijo do Sagrado Touro Branco.
3. Domar as Serpentes Gêmeas de Téramo.
4. Levar o Grande Carangueijo do Mar para o Horizonte Ocidental.
5. Libertar o Leão Sagrado.
6. Modelar um Arco a Deusa Diana.
7. Forjar as Grandes Balanças da Justiça para os Deuses.
8. Prender novamente o Escorpião Gigante dentro da Terra.
9. Fazer uma Flecha de Ouro para o Rei dos Centauros.
10. Modelar dois Chifres de Ouro para o Grande Peixe-Cabra.
11. Purificar as Jarras de Água dedicadas aos Deuses.
12. Amarrar os Dois Grandes Peixes do Mar e colocá-los entre as Estrelas.
Corajosamente o jovem Deus completou as tarefas designadas e foi recebido pelo Povo do Mundo em todo o Seu Brilhante Esplendor. Devido à ausência do Sol, muitos lobos atacavam à noite as manadas e os rebanhos e as pessoas estavam desesperadas; então Lupercus desceu de Áster e foi viver com os lobos; tendo-se transformado num poderoso Lobo Dourado, Ele se tornou o Rei deles; se estivesse zangado, à Sua presença, todos lobos fugiam para os bosques e montanhas. Então, o Povo se rejubilou, clamando: "Grande é Lupercus, Senhor do Sol, Rei dos Lobos, Expulsor da Noite do Lobo Negro".
Assim, a cada dia, Lupercus se levantava e viajava pelos Céus, carregando sua Tocha de Erva-Doce. Enquanto passava, Lupercus reunia as Almas dos que haviam morrido durante Sua ausência do Céu e as entragava a Seu Pai Dianus no Grande Reino Oculto, que ficava para além das Águas Ocidentais. Lá, Elas recebiam refrescos e eram preparadas para uma nova vida, quando então os Grigori as escoltariam ao Reino da Deusa em Luna, para aguardar o renascimento. Toda noite Lupercus descansava no Reino Oculto, para fazer novamente Sua Jornada através do Mundo dos Mortais.
+ Fonte: Bruxaria Hereditária - Raven Grimassi
Postado por Corvus Lucífero às 17:05 4 comentários
Marcadores: Histórias da Mitologia
As 12 Energias do Zodíaco
domingo, dezembro 06, 2009
Os signos do zodíaco podem ser associados a sagas de Heróis e Deuses da Mitologia Greco-Romana. É fascinante se reconhecer nessas narrativas, que falam de todas as emoções e experiências da vida: Amor, Ciúme, Compaixão, Bondade e Raiva estão representados.
“A astrologia é mais antiga do que as civilizações da Grécia e de Roma. Ela surgiu na Mesopotâmia, há 8 mil anos, mas toda a sua vertente ocidental está estruturada nas histórias de Deuses como Zeus, Afrodite e Hera e Heróis do porte de Hércules, Jasão e Teseu”, diz Marina Ungaretti, psicóloga e artista plástica. “As constelações associadas aos signos também fazem referência a passagens mitológicas”, completa. Cada mito expressa atributos positivos e negativos dos nativos dos signos. Mas as lições contidas nessas histórias não valem apenas para quem é de Peixes, Sagitário ou Touro, por exemplo. “Podemos nos identificar com mais de um mito, pois temos, em maior ou menor grau, as 12 energias que compõem a roda astrológica. O mapa astral individual indica as áreas da vida em que cada força se manifesta”, explica Marina. Assim, as Divindades Gregas têm muito a dizer para quem quer se conhecer mais e melhor.
Postado por Corvus Lucífero às 21:26 0 comentários
Marcadores: A Roda Zodiacal
2010 - Ano de Vênus
O Ano de 2010 terá Vênus como o seu regente. Este Planeta chega com promessas de felicidade, já que o mesmo influencia âmbitos especiais da vida dos seres humanos, como harmonia familiar, reconciliações, afetividade e tudo ligado aos assuntos do coração, habilidades artísticas, prosperidade, fecundidade. Porém, como tudo tem o seu lado escuro, Vênus, também facilitará as intrigas e fofocas, o ciúme, rivalidades e concorrências.
Em 2010, o amor vai exercer uma influência muito grande em sua vida, Vênus é também o Planete da beleza e da criatividade artística, temos que lembrar que o regente é um Planeta de parcerias, então, quanto mais você somar seu talento com pessoas que tenham habilidades arrojadas, maior será a possibilidade de êxito.
O novo ano será um período favorável para organizar ou reorganizar a vida finaceira e reavaliar os gastos. Será bom aproveitar o ano de Vênus para saldar o reduzir dívidas.
Cuidar da beleza e da saúde também será uma tocante no ano de Vênus, observando quaisquer problemas envolvendo os orgãos genitais femininos, os rins, virilha, garganta, pescoço e a tireóide.
Para que o ano de 2010 seja um bom período em sua vida, invista nas energias venusianas para você ter sucesso em todas as coisas. E como diz o nosso amigo João Bidu: "Faça a sua parte, pois os Astros não decidem, apenas influenciam".
Postado por Corvus Lucífero às 18:43 0 comentários
Marcadores: Regente Planetário - 2010
Os Esbats - La Veglione di Streghe
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Além dos oitos Sabbats (as Treguendas), os Povos Antigos celebravam também os Esbats (La Veglione), ou seja, as Treze Luas Cheias ao longo do Ano Solar. A Lua Cheia foi venerada durante milênios por grupos de homens e mulheres, reunidos nos bosques, nas montanhas ou na beira da água, como a manifestação visível do Princípio Cósmico Feminino, na forma das Deusas Lunares ou da Vovó Lua. Com o advento das religiões patriarcais, houve uma divisão na vida religiosa familiar. Os homens passaram a reverenciar os Deuses Solares e Guerreiros, enquanto que as mulheres continuavam se reunindo para celebrar a Lua Cheia e honrar a Grande Mãe. A cristianização forçada e, principalmente, as perseguições dos "Caçadores de Bruxas" durante os oito séculos de Inquisição, procuraram erradicar a "Adoração Pagã da Lua" e os Esbats foram considerados orgias de Bruxas e manifestações do demônio.
A palavra Esbat deriva do verbo Esbattre, em francês arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma atmosfera jovial. Há também uma semelhança com a palavra "Estrus" – o ciclo lunar de fertilidade, reforçando a idéia da repetição mensal dessas comemorações.
Durante os Esbats, reverencia-se a Força Vital Criativa, Geradora e Sustentadora do Universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de Lua Cheia ou o Plenilúnio, é o auge do Poder da Deusa, sendo o momento adequado para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares – simples ou elaborados – com os símbolos da Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação. Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e fazem-se meditações. No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à Natureza em sinal de gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra, enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.
Atualmente, os Plenilúnios são comemorados não somente pelos grupos estruturados da Bruxaria Moderna, Wicca (os covens), neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas múltiplas faces.
Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua", ou seja, imantar uma Sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental. Para atrair a energia da Lua, usa-se Athame ou um Bastão consagrado, direcionando-o para um Cálice com vinho. Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente, entra-se em contato com sua Essência, deixando-a penetrar em todo seu ser. Fundir-se com a Energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos "recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles do néctar "lunarizado" e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das Direções e os Elementos correspondentes, criando-se o Círculo Mágico.
Além desse ritual tradicional e formal, pode-se celebrar o Plenilúnio de forma mais complexa e criativa, usando-se os conhecimentos astrológicos da polaridade Sol-Lua. Durante a Lua Cheia, a Lua se encontra no signo oposto ao do Sol, estabelecendo-se, assim, um eixo de complementação. Em certos grupos mistos, trabalha-se a polaridade Sol-Lua reverenciando-se o casal divino, representado por Deuses Solares e Deusas Lunares, escolhidos conforme as características astrológicas e espirituais do mês.
Postado por Corvus Lucífero às 01:12 0 comentários
Marcadores: Celebração da Lua
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