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Sempre Adicionar... Nunca Remover!

Provérbio Streghe

"Quando já não estiver
Neste mundo,
Sempre que necessitardes de algo,
Uma vez ao mês,
Quando a Lua
Estiver Cheia...
Deveis todos vos reunir num lugar deserto,
Ou floresta,
Para adorar o Espírito Poderoso
De vossa Rainha,
Minha Mãe, a Grande Diana,
E quem quiser aprender Bruxaria,
Mas ainda não domina
Seus mais íntimos segredos,
Minha Mãe vos ensinará,
Em verdade,
Todas as coisas...
E livres estareis da escravidão,
E livres sereis em todas as coisas;
Homens e Mulheres devereis
Estar desnudos durante
Vossos ritos,
Até que morra o último opressor,
Fareis o jogo de Benevento
E depois uma refeição..."

Oração a Hecate

Faça com que o Círculo
Nunca seja quebrado,
Faça com que a Terra
Esteja sempre firme,
Faça com que o Vento
Seja sempre constante,
Faça com que o Mar
Esteja sempre agitado,
Faça com que o Fogo
Nunca se apague,
E sua luz mostre o caminho.
Hecate faça-se sempre
Viva em minha alma.

Oração Diária

Que eu tenha hoje
E a cada dia,
A Força dos Céus,
A Luz do Sol,
O Resplendor do Fogo,
O Brilho da Lua,
A Presteza do Vento,
A Profundidade do Mar,
A Estabilidade da Terra
E a Firmeza da Rocha.
Que assim seja e que assim se faça
Em Nome da Deusa
E de Seu Consorte"

Oração as Deusas do Fogo

Abençoada seja, a
Deusa da Criatividade,
Luminosa Hecate,
Deusa do Fogo Sagrado.
E do Caldeirão da Transformçao.
Ensine-me a suportar
Os fogos da transformação,
O forno que tempera minha lâmina
E me faça forte.
Esteja comigo como um
Brilho em meu destino.

Abençoada seja, a
Deusa da Transformação,
Corajosa Perséfone,
O caroço plantado na Terra.
Ensine-me a entrar
No Submundo sem medo
E emergir sem pesar.
Ilumine meu caminho
Com suas tochas!

Abençoada seja, a
Deusa da Fé,
Constante Héstia,
Deusa da Lareira e do Templo.
Ensine-me as lições de
Compromisso e satisfação,
Serviço e celebração.
Aqueça-me por dentro e por fora!
Que assim seja e que assim se faça!

Aos Elementais

Pequenos Guardiões,
Seres de Luz Infinita.
De dia me tragam a paz,
De noite os dons da Magia.
Invisíveis Guardiões,
Protejam os quatro cantos da minha alma,
Os quatro cantos da minha casa,
Os quatro cantos do meu coração.
Que assim seja e que assim se faça!

Culto a Senhora

Senhora da minha Vida:
Guia-me com sabedoria,
Faça com que eu compreenda
O que não tem explicação.
Conforta-me em Teus Seios
Quando preciso for.
Daí-me luz para clarear
A mente dos que não entendem.
Encha-me de coragem para enfrentar
O preconceito de cabeça erguida.
Purifique-me para que eu
Possa louvar-te como mereces.
Ajuda-me a ver com os
Teus olhos de justiça para que
Eu nunca acuse em vão.
E peço-te que me mostre o caminho
Da Tua verdade para que eu
Não me perca nunca de Ti.
Abençoada sejas!
Que assim seja e
Que assim se faça!

Para momentos de estresse e confusão

Ó querida Deusa, Mãe da terra verde, das águas azuis e da Lua Prateada, por favor, esteja comigo em meu momento de necessidade.
O estresse e a confusão tomaram conta da minha vida, e sinto o peso das preocupações da vida me sufocarem.
Estou realmente com medo, mas sei que Você em seu amor gentil me ouve agora, e sinto que o grande peso está ficando mais fácil de suportar.
Ó querido Deus, Pai das florestas escuras e montanhas tremeluzentes, dê-me a sua força espiritual para que eu possa atravessar este momento de crise e voltar novamente para a minha vida normal.
Abençoados sejam!
Que assim seja e que assim se faça!

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Corvus Lucífero
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ClãsCáliet

A Trilha fácil, suave e inclinada… Não é a trilha da Virtude Verdadeira. Ela demanda um caminho árduo e espinhoso. O ClãsCáliet resgata a Antiga Fé, unindo o velho e o novo em um espiral, nos colocando no limiar de todos os mundos e universos e reerguendo o Pendão dos Antigos Deuses, com as bênçãos da Grande Hecate Lucifera, a Portadora da Luz da Iluminação e de Dionisio Zagreus, o Três Vezes Manifesto; caminharemos para à Ascensão da Idade da Filha, a Idade da Razão.

O Mito de Lupercus

terça-feira, dezembro 08, 2009



Houve um tempo na Terra do Povo que foi a Era do Grande Sofrimento, a Era do Lobo. Dianus, Senhor do Sol, havia viajado para longe e tudo sumira com Sua ausência; então os Grigori dos Quatro Ventos saíram à procura Dele para suplicar-lhe que voltasse.

Mas aconteceu que os Grigori foram trazidos perante o Trono de Dis, o Senhor Negro das Sombras, e disseram: "Então encontramos você aqui, no Reino da Vida Obscura?" "Sim," Dianus respondeu; "Agora vocês realmente viram minhas duas faces." Então os Grigori suplicaram a Dianus que voltasse, contando o sofrimento que Ele deixara atrás de Si no mundo. Mas Ele declinou, dizendo: "Os Deuses das Brumas, que são mais fortes do que Eu, ordenaram que seja assim, e não tenho forças para mudar o que deve acontecer".

Diana tinha entreouvido a conversa e levou os Grigori para o lado, em segredo. "Vocês precisam levar meu Filho Lupercus, que será gerado de Dianus, para que possa devolver a Luz ao Mundo." Então, chegou a hora, os Grigori pegaram o Deus recém-nascido e começaram sua longa jornada de volta do Reino das Sombras. Enquanto viajavam, comentavam como provar ao Povo do Mundo o valor desse novo Deus e decidiram, então, submetê-lo ao teste dos Doze Trabalhos de Lupercus:

  

1. Transportar o Carneiro Sagrado e colocá-lo entre as Estrelas.
2. Purificar o esconderijo do Sagrado Touro Branco.
3. Domar as Serpentes Gêmeas de Téramo.
4. Levar o Grande Carangueijo do Mar para o Horizonte Ocidental.
5. Libertar o Leão Sagrado.
6. Modelar um Arco a Deusa Diana.
7. Forjar as Grandes Balanças da Justiça para os Deuses.
8. Prender novamente o Escorpião Gigante dentro da Terra.
9. Fazer uma Flecha de Ouro para o Rei dos Centauros.
10. Modelar dois Chifres de Ouro para o Grande Peixe-Cabra.
11. Purificar as Jarras de Água dedicadas aos Deuses.
12. Amarrar os Dois Grandes Peixes do Mar e colocá-los entre as Estrelas.

Corajosamente o jovem Deus completou as tarefas designadas e foi recebido pelo Povo do Mundo em todo o Seu Brilhante Esplendor. Devido à ausência do Sol, muitos lobos atacavam à noite as manadas e os rebanhos e as pessoas estavam desesperadas; então Lupercus desceu de Áster e foi viver com os lobos; tendo-se transformado num poderoso Lobo Dourado, Ele se tornou o Rei deles; se estivesse zangado, à Sua presença, todos lobos fugiam para os bosques e montanhas. Então, o Povo se rejubilou, clamando:  "Grande é Lupercus, Senhor do Sol, Rei dos Lobos, Expulsor da Noite do Lobo Negro".


Assim, a cada dia, Lupercus se levantava e viajava pelos Céus, carregando sua Tocha de Erva-Doce. Enquanto passava, Lupercus reunia as Almas dos que haviam morrido durante Sua ausência do Céu e as entragava a Seu Pai Dianus no Grande Reino Oculto, que ficava para além das Águas Ocidentais. Lá, Elas recebiam refrescos e eram preparadas para uma nova vida, quando então os Grigori as escoltariam ao Reino da Deusa em Luna, para aguardar o renascimento. Toda noite Lupercus descansava no Reino Oculto, para fazer novamente Sua Jornada através do Mundo dos Mortais.

                                                                       + Fonte: Bruxaria Hereditária - Raven Grimassi

Postado por Corvus Lucífero às 17:05 4 comentários

Marcadores: Histórias da Mitologia

As 12 Energias do Zodíaco

domingo, dezembro 06, 2009




Os signos do zodíaco podem ser associados a sagas de Heróis e Deuses da Mitologia Greco-Romana. É fascinante se reconhecer nessas narrativas, que falam de todas as emoções e experiências da vida: Amor, Ciúme, Compaixão, Bondade e Raiva estão representados.

Flechas com magias de amor, seres metade homem, metade cavalo, feras de pele invulnerável, Ninfas que habitam as águas profundas. Essas histórias revelam padrões de comportamento comum a toda a humanidade ou, dizendo de outra maneira, traduzem arquétipos – imagens psicológicas presentes no inconsciente coletivo, conforme postulou o psicanalista suíço Carl Jung (1875-1961). Os Seres Mitológicos personificam Paixão, Medo, Ciúme, Perseverança, Raiva, Paciência e todas as emoções e experiências compartilhadas pelos homens de todos os tempos. Compreender o significado dos símbolos é parte fundamental da psicologia e de outras áreas ligadas ao auto conhecimento e a astrologia não fica de fora.

“A astrologia é mais antiga do que as civilizações da Grécia e de Roma. Ela surgiu na Mesopotâmia, há 8 mil anos, mas toda a sua vertente ocidental está estruturada nas histórias de Deuses como Zeus, Afrodite e Hera e Heróis do porte de Hércules, Jasão e Teseu”, diz Marina Ungaretti, psicóloga e artista plástica. “As constelações associadas aos signos também fazem referência a passagens mitológicas”, completa. Cada mito expressa atributos positivos e negativos dos nativos dos signos. Mas as lições contidas nessas histórias não valem apenas para quem é de Peixes, Sagitário ou Touro, por exemplo. “Podemos nos identificar com mais de um mito, pois temos, em maior ou menor grau, as 12 energias que compõem a roda astrológica. O mapa astral individual indica as áreas da vida em que cada força se manifesta”, explica Marina. Assim, as Divindades Gregas têm muito a dizer para quem quer se conhecer mais e melhor.

Postado por Corvus Lucífero às 21:26 0 comentários

Marcadores: A Roda Zodiacal

2010 - Ano de Vênus




O Ano de 2010 terá Vênus como o seu regente. Este Planeta chega com promessas de felicidade, já que o mesmo influencia âmbitos especiais da vida dos seres humanos, como harmonia familiar, reconciliações, afetividade e tudo ligado aos assuntos do coração, habilidades artísticas, prosperidade, fecundidade. Porém, como tudo tem o seu lado escuro, Vênus, também facilitará as intrigas e fofocas, o ciúme, rivalidades e concorrências.

Em 2010, o amor vai exercer uma influência muito grande em sua vida, Vênus é também o Planete da beleza e da criatividade artística, temos que lembrar que o regente é um Planeta de parcerias, então, quanto mais você somar seu talento com pessoas que tenham habilidades arrojadas, maior será a possibilidade de êxito.

O novo ano será um período favorável para organizar ou reorganizar a vida finaceira e reavaliar os gastos. Será bom aproveitar o ano de Vênus para saldar o reduzir dívidas.

Cuidar da beleza e da saúde também será uma tocante no ano de Vênus, observando quaisquer problemas envolvendo os orgãos genitais femininos, os rins, virilha, garganta, pescoço e a tireóide.

Para que o ano de 2010 seja um bom período em sua vida, invista nas energias venusianas para você ter sucesso em todas as coisas. E como diz o nosso amigo João Bidu: "Faça a sua parte, pois os Astros não decidem, apenas influenciam".

Postado por Corvus Lucífero às 18:43 0 comentários

Marcadores: Regente Planetário - 2010

Os Esbats - La Veglione di Streghe

quarta-feira, dezembro 02, 2009



Além dos oitos Sabbats (as Treguendas), os Povos Antigos celebravam também os Esbats (La Veglione), ou seja, as Treze Luas Cheias ao longo do Ano Solar. A Lua Cheia foi venerada durante milênios por grupos de homens e mulheres, reunidos nos bosques, nas montanhas ou na beira da água, como a manifestação visível do Princípio Cósmico Feminino, na forma das Deusas Lunares ou da Vovó Lua. Com o advento das religiões patriarcais, houve uma divisão na vida religiosa familiar. Os homens passaram a reverenciar os Deuses Solares e Guerreiros, enquanto que as mulheres continuavam se reunindo para celebrar a Lua Cheia e honrar a Grande Mãe. A cristianização forçada e, principalmente, as perseguições dos "Caçadores de Bruxas" durante os oito séculos de Inquisição, procuraram erradicar a "Adoração Pagã da Lua" e os Esbats foram considerados orgias de Bruxas e manifestações do demônio.
A palavra Esbat deriva do verbo Esbattre, em francês arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma atmosfera jovial. Há também uma semelhança com a palavra "Estrus" – o ciclo lunar de fertilidade, reforçando a idéia da repetição mensal dessas comemorações.

Durante os Esbats, reverencia-se a Força Vital Criativa, Geradora e Sustentadora do Universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de Lua Cheia ou o Plenilúnio, é o auge do Poder da Deusa, sendo o momento adequado para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares – simples ou elaborados – com os símbolos da Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação. Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e fazem-se meditações. No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à Natureza em sinal de gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra, enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.

Atualmente, os Plenilúnios são comemorados não somente pelos grupos estruturados da Bruxaria Moderna, Wicca (os covens), neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas múltiplas faces.

Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua", ou seja, imantar uma Sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental. Para atrair a energia da Lua, usa-se Athame ou um Bastão consagrado, direcionando-o para um Cálice com vinho. Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente, entra-se em contato com sua Essência, deixando-a penetrar em todo seu ser. Fundir-se com a Energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos "recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles do néctar "lunarizado" e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das Direções e os Elementos correspondentes, criando-se o Círculo Mágico.

Além desse ritual tradicional e formal, pode-se celebrar o Plenilúnio de forma mais complexa e criativa, usando-se os conhecimentos astrológicos da polaridade Sol-Lua. Durante a Lua Cheia, a Lua se encontra no signo oposto ao do Sol, estabelecendo-se, assim, um eixo de complementação. Em certos grupos mistos, trabalha-se a polaridade Sol-Lua reverenciando-se o casal divino, representado por Deuses Solares e Deusas Lunares, escolhidos conforme as características astrológicas e espirituais do mês.

Postado por Corvus Lucífero às 01:12 0 comentários

Marcadores: Celebração da Lua

A Dança nos Rituais!

terça-feira, novembro 24, 2009




A Dança é certamente uma antiga prática ritual. É também um Ato Mágico, pois o movimento físico libera energia do corpo, a mesma energia utilizada em magia. Este segredo, logo foi descoberto, e desta forma a Dança foi incorporada em magia e rituais para Gerar Energia, alterar a consciência ou simplesmente honrar a Deusa e o Deus com performances rituais.

Danças em grupo, como uma dança espiral, são normalmente executadas em trabalhos de covens. Em trabalhos individuais, entretanto, não há limitações por tradição ou passos coreografados. Sinta-se livre para mover-se do modo que desejar, não importa o quão infantil ou selvagem que possa parecer.
Em magia, muitos Bruxos praticam um pequeno ritual de encantamento ou manipulação de escrever alguma espécie (runas, atar nós, desenhar figuras na areia em ervas em pó ou, entoando o nome de Deidades) e em seguida praticam uma magia verdadeira: por exemplo, canalizar uma Energia Mágica. Em geral, eles movem-se num círculo em sentido horário, cada vez mais rápido, em torno do altar, seja solitariamente num coven ou observando como as velas estão acesas no altar, aspirando o incenso, liberando a si mesmos por meio de intensa visualização e cantos. Quando o praticante alcança um ponto sem retorno, no momento exato em que o corpo não pode Gerar nem Canalizar mais Energia, o Poder é então liberado em direção ao objetivo mágico. Para tanto, alguns caem no solo, assinalando assim o final do que é peculiarmente conhecido como "A Dança".

A Dança é utilizada para Gerar Energia, para facilitar uma sintonia com as Deidades da Natureza. Dance como o vento, como o riacho descendo a montanha, como as chamas de uma árvore atingida por um raio, como grãos de areia tocados durante uma rajada, como flores revelando seu brilho numa ensolarada tarde de Verão. Enquanto dança, usando os movimentos que desejar, abra-se para a Deusa e para o Deus.
Pense, por um instante, nos Dervixes a girar, nas indomáveis Dancas Ciganas da Europa, na sensual Dança do Ventre do Oriente Médio, na sagrada Hula do antigo Havaí. A Dança é um dos caminhos para o Divino.

Postado por Corvus Lucífero às 00:41 7 comentários

Marcadores: Mistica na Liturgia

O Mito da Ascensão da Deusa

terça-feira, novembro 03, 2009



E veio o Tempo no Reino das Sombras em que Diana daria à luz o Filho do Grande Deus Negro. Os Senhores dos Quatro Cantos vieram e olharam o Deus recém-nascido. Contaram a Diana a respeito do sofrimento do povo que vivia sobre o Mundo e como eles amargavam no frio e na escuridão; então, Ela pediu aos Senhores que levassem Seu filho para o Mundo e assim o povo se rejubilou, pois o Deus Sol havia voltado.

E aconteceu que Diana sentiu saudade da Luz da Mundo e de Seus muitos filhos; assim, Ela viajou para o Mundo e foi recebida com grandes festas.

Então, Diana viu o Esplendor do novo Deus que cruzava os Céus e O desejou. Mas a cada noite Ele voltava para o Reino Oculto e não podia ver a beleza da Deusa no Céu Noturno.

Assim, uma manhã, a Deusa se levantou quando o Deus saiu do Reino Oculto e se banhou nua no Lago Sagrado de Nemi. Os Senhores dos Quatro Cantos apareceram ao Deus e disseram: "Veja a doce beleza da Deusa da Terra". E Ele olhou e foi atingido de tal modo pela beleza Dela que desceu à Terra na forma de um Grande Gamo.

"Vim brincar ao lado de Seu banho", disse Ele, mas Diana encarou o Gamo e replicou: "Você não é um Gamo, mas um Deus!". E Ele lhe respondeu: "Eu Sou Cornunno, Deus da Floresta, e quando me ponho de pé sobre o Mundo, também posso tocar o Céu; Sou Lupercus, o Sol, que expulsa o Lobo da Noite, mas além de tudo, Sou Eu, o primeiro de todos os Deuses!".

Diana sorriu e saiu da água em toda a Sua Beleza. "Eu Sou Fauna, Deusa da Floresta; quando estou em Sua Presença, Sou Jana, Deusa da Lua, mas além de tudo, Sou Eu, a primeira de todas as Deusa!".


E o Deus, A tomou pela mão e juntos andaram pelos campos e florestas, contando Suas histórias de Antigos Místérios. Eles se amaram e foram Um e juntos reinaram sobre o Mundo. No entanto, mesmo apaixonados, Diana sabia que o Deus logo faria a travessia para o Reino Oculto e a Morte voltaria ao Mundo. Então, Ela deveria descer e aceitar o Senhor Negro e dar à luz o fruto de Sua União.

+ Fonte: Bruxaria Hereditária - Raven Grimassi

Postado por Corvus Lucífero às 16:28 3 comentários

Marcadores: Histórias da Mitologia

A Treguenda de Beltane



Agora brilhará a Chama da Vida e do Amor.
O Fogo da Primavera que chama o Verão,
Assim a Roda gira mais uma vez,
Este será o Fogo Sagrado da União,
que ele traga alegria e paz.
Que assim seja e que assim se faça!

Também conhecido como Dia de Maio, Dia da Cruz, Rudemas e Walpurgisnacht, o Sabbat Beltane é derivado do antigo Festival do Fogo, que celebrava a união da Deusa ao seu Consorte, o Deus, sendo também um Festival de Fertilidade. Na Antiga Religião, a palavra "fertilidade" significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos e não a atividade erótica e sexual por si só.

Beltane celebra também o Retorno do Deus Sol, e é um dos poucos Festivais Pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original. É baseado na Florália, um antigo Festival Romano dedicado a Flora, a Deusa Sagrada das Flores. Em tempos mais antigos, esse Festival era dedicado a Plutão, o Senhor Romano do Submundo, correspondente do Deus Hades da Mitologia Grega. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos Espíritos Guardiães, os Lare que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas.

No dia de Beltane o Sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio. Beltane inicia-se, acendendo-se, segundo a tradição, as fogueiras ao nascer da Lua na véspera para iluminar o caminho para o Verão. Realiza-se a Treguenda em honra à Deusa e ao Deus, seguido da celebração da Natureza, que consiste de banquetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canto de canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos Espíritos Elementais, e os membros do Coven dançam de maneira muito alegre, no sentido destrógiro, em torno do Mastro (símbolo fálico da fertilidade). Eles também entrelaçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus. A alegria e o divertimento costumam estender-se até as primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer, o orvalho da manhã é coletado das flores e da grama para ser usado em poções místicas de boa sorte.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Beltane são frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de Beltane. Na época dos Antigos Druidas, os bolos de Beltane eram divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito do Sabbat. Antes da cerimômia, uma porção do bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de "bruxo de Beltane", e tornava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira ardente.

Nas Terras Altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços deles na fogueira como oferenda aos Espíritos e Deidades Protetores.

Postado por Corvus Lucífero às 14:21 0 comentários

Marcadores: La Treguenda...

A Música nos Rituais!

segunda-feira, novembro 02, 2009



A música é simplesmente a reprodução dos Sons da Natureza. O vento nos galhos das árvores, o ribombar do oceano contra rochedos pontiagudos, o bater da chuva, o crepitar do fogo criado por um raio, o canto de pássaros e o rugir de animais são alguns dos "instrumentos" que criam a música da Natureza.

Há muito os seres humanos integraram a música a rituais religiosos e de magia, devido a seus efeitos poderosos. Os xamãs usam uma batida constante de tambor para induzir transe, e um tambor pode ser utilizado para controlar o ritmo de uma Dança Mágica. Além disso, há muito credita-se à música a capacidade de acalmar animais ferozes - assim como humanos.

A Música pode ser parte das atividades da Bruxaria. Pode-se simplesmente encontrar peças adequadas, selecionadas da música clássica, étnica, folclórica ou contemporânea, para executá-las durante os rituais. Os Bruxcom uma inclinação musical podem criá-la antes, durante ou após rituais. Os rituais mais gratificantes e vívidos geralmente envolvem música.

Se possuir intimidade com algum instrumento, use-o em seus rituais. Uma flauta, um violino, uma flauta doce, um violão, uma harpa tradicional e outros instrumentos pequenos podem facilmente ser incluídos em rituais, assim como tambores, chocalhos, sinos ou mesmo copos de água a serem tocados com uma faca. Outros instrumentos menos portáteis podem ser gravados para serem reproduzidos durante o ritual.

Tais interlúdios musicais podem ser utilizados imediatamente antes dos ritos para criar uma atmosfera; durante como uma oferenda à Deusa e ao Deus ou para gerar energia; e após como uma forma de celebração e prazer. Alguns Bruxos compõem uma canção, a qual é em realidade um rito, incluindo nela desde a criação do Espaço Sagrado e a invocação das Deidades até o agradecimento por sua presença. A Magia Musical é aquilo que realmente se desejar fazer dela.

Quatro tipos distintos de instrumentos possuem poderes específicos. O tambor, o chocalho, o xilofone e todos os instrumentos de percussão (com exceção do sistro) são regidos pelo Elemento Terra. Portanto, tais instrumentos podem ser utilizados para invocar fertilidade, atrair dinheiro, encontrar um emprego e assim por diante. Podem também ser utilizados para Evocar a Deusa em rituais, ou para reunir, "a toque de caixa", a energia a ser enviada para a Terra.

A flauta, transversal ou doce, assim como todos os instrumentos de sopro, estão sob a regência do Ar, o Elemento do Intelecto, e assim podem ser utilizados para aumentar os poderes mentais ou as habilidades de visualização, para descobrir sabedoria ou conhecimentos antigos, aumentar as faculdades psíquicas e atrair o Deus.

O Fogo rege os instrumentos de corda tais como a lira, a harpa (grande ou folclórica), o violão, o bandolim, o ukelele e outros. Tais instrumentos podem ser utilizados em encantamentos ou ritos que envolvam sexualidade, saúde e força física, paixão e força de vontade, mudanças, evolução, coragem e destruição de hábitos nocivos.

São também excelentes ferramentas a serem usadas antes dos rituais para purificar a área em questão, bem como o celebrante. Toque uma determinada canção, cante com o instrumento, ou simplesmente caminhe pela área num círculo no sentido horário até que o local esteja ecoando suas vibrações. As cordas também podem ser usadas para invocar o Deus.

O metal ressonante, como os pratos, o sistro, o sino e o gongo, simbolizam o Elemento da Água. Uma vez que a Água engloba a cura, a fertilidade, a amizade, os poderes psíquicos, o amor espiritual, a beleza, a compaixão, a felicidade e outras energias similares, sinos, gongos ou pratos podem ser incluídos em tais ritos. O sistro de Ísis nos assegura que o metal ressonante invoca a Deusa.

Encantamentos musicais (ao contrário dos puramente verbais) podem ser simples e eficazes. Precisa de dinheiro? Sente-se tranqüilamente vestido de verde e bata lentamente num tambor, visualizando-se rico enquanto invoca a Deusa em Seu aspecto de Fornecedora de Abundância.

Se estiver deprimido, encontre um sino com um tom agradável e toque-o ritualmente, sentindo as vibrações do som eliminando sua depressão e elevando seu ânimo. Ou então carregue um pequeno sino consigo.

Quando tiver medo, toque um violão ou ouça música de violões enquanto vê a si mesmo como alguém confiante e valente. Invoque o Deus em seu aspecto Chifrudo, agressivo, protetor.

O canto, uma combinação de fala e música, pode ser prontamente integrado aos rituais. Vários Bruxos adequam cantos e invocações a melodias, ou cantam quando assim o desejam durante rituais.

Muitos nunca exploraram o assunto da Magia Musical, simplesmente reproduzindo música gravada como fundo para seus rituais. Nada de errado, mas integrar uma música criada por nós mesmos (não importa o quão simples seja) aos nossos rituais pode ser mais eficaz, desde que aprecie a peça.

Atualmente, pode-se encontrar um grande número de musicas Pagãs, ainda que sejam de qualidade variável. Algumas canções podem ser utilizadas em rituais, mas a maioria funciona melhor quando tocada durante os preparativos para o ritual, ou depois, como relaxamento.

Incorporar a música apropriada aos rituais pode melhorar e muito a experiência dentro da Arte

Postado por Corvus Lucífero às 00:53 1 comentários

Marcadores: Mistica na Liturgia

Saudação ao Sol

domingo, novembro 01, 2009



Subindo as escadas do templo natural dos nossos corações,

Nós saudamos o Sol! 
Bendita Luz,
Seu toque cálido anima os nossos veículos de argila esculpidos pela Mãe Terra.

Nós subimos com honra e reverência saudando a Aurora.
Vem, ó Doador da Vida!
Nós lhe recebemos no centro do peito,
Nós lhe damos as boas vindas em nossas vidas,
Os nossos olhos brilham refletindo a Sua beleza fulgurante.
Vem, ó Radiante!
Enche-nos com Sua Radiância Natural,
A madrugada escura, ventre de Sua Aurora,
Deram passagem aos Seus Raios, filhos gloriosos da manhã.
Amigo de nossas vidas, nós lhe saudamos!
Em Seu abraço luminoso nos começamos mais esse dia,
Sua dádiva de Luz.
Em Sua Luz embalamos filhos e netos
E ensinamos a eles o valor da vida.
E os ensinamos à dança da Luz.
Vem, ó Amigo da Natureza!
Nós lhe agradecemos a dádiva deste dia,
E que ele seja próspero!
E que os nossos corações sejam luminosos e generosos.
Salve Sol! Salve ó Radiante.
Senhor da Luz, Pai de todos nós!
Por Ela que te consagrou.
Que assim seja, e que assim se faça!

Postado por Corvus Lucífero às 23:35 0 comentários

Marcadores: Orações...

Roda do Ano



O Ano Rural era muito importante para a sociedade agrária da Antiga Roma, bem como para os fazendeiros italianos da Idade Média. Os Antigos Romanos faziam Festivais de um tipo ou de outro a cada mês do ano e, portanto, é fácil encontrar uma celebração similar ocorrendo nas mesmas datas nos modernos festivais da Wicca e Bruxaria Moderna. Sendo uma sociedade rural, os fazendeiros romanos estavam bem conscientes dos Equinócios e Solstícios e do lugar que ocupavam na Roda do Ano. Sua importância também pode ser notada no Culto de Mistério Eleusino Grego e Romano. Os ritos dos Mistérios Eleusinos Menores eram celebrados no Equinócio de Primavera e os Grandes Mistérios eram celebrados no Equinócio de Outono. O foco desses ritos era a Descida da Deusa ao Submundo e sua Subida na Primavera.

Assim como não temos documentação histórica a indicar que qualquer seita específica dos Celtas celebrasse os oito Sabás dentro de qualquer culto específico, também acontece o mesmo com as Tradiçoes Italianas. Sabemos que os temas básicos de cada Sabá são nativos dos Festivais Egeu-Mediterrâneos que ocorriam na mesma época do ano que os Festivais Norte-Europeus. Um estudo simples dos Festivais Gregos e Romanos demonstra isso facilmente.
As datas dos Festivais comemorados têm relação direta com o Movimento Solar e suas influências físicas sobre a Terra. Para os adeptos da Stregheria, as Treguendas (que correspondem aos Sabás Pagãos) são também celebradas em dias de Equinócios e Solstícios ou em datas intermediárias entre as estações climáticas anuais, como já vimos acima.

Para obter uma visão geral dos Antigos Festivais Italianos, originários das influências Etruscas e Romanas na Itália, vejamos os Festivais Anuais da Wicca e notamos a contrapartida itálica.

Samhain – Festa da Sombra (La Festa dell'Ombra)
31 de Outubro/01 de Novembro HN, 01 de Maio HS

Na Tradição Italiana, esta ocasião é chamada de Festa da Sombra. De acordo com a Tradição Italiana, os mortos retornam ao mundo humano, começando na noite da Véspera de Novembro e continuando até a segunda noite (três noites ao todo). Na Sicília, é costume colocar um lugar extra na mesa para o retorno dos parentes falecidos. As famílias sicilianas também costumam fazer um banquete no túmulo da família no dia 02 de Novembro para honrar os mortos.

Durante a época do Império Romano, os primitivos italianos associavam a planta da fava aos mortos, devido à única mancha negra numa pétala perfeitamente branca. Os romanos serviam feijão de fava em banquetes funerais, honrando a conexão entre mortos e a fava. Essa associação permaneceu numa parte da Bruxaria Italiana através dos séculos; a sopa de feijão de fava ainda é uma refeição tradicional, servida na véspera de Novembro (31 de Outubro). Uma tigela de sopa de feijão de fava é colocada do lado de fora da casa à meia-noite, como oferenda aos Espíritos, e depois é enterrada após o nascer do Sol do dia 1º de Novembro.

Na Itália do século X, monges cristãos, procurando um modo de assimilar essa celebração pagã, decidiram, cozinhar grandes porções de sopa de feijão de fava e oferecê-las as almas dos mortos; camponeses famintos se deliciavam com os tonéis de sopa de feijão de fava que os monges colocavam nas esquinas. A Igreja permitiu que esta prática continuasse devida à oportunidade de conversão, mas só a partir do século XV a Igreja oficialmente adotou o dia da celebração, 1º de Novembro, chamando-o de Ognissanti ou "Dia de todos os Santos" e o 02 de Novembro foi designado "Dia de Finados".

Na Itália de hoje, os celebrantes ainda comem docinhos de festa chamados Ossi da Morto (Ossos do Morto) e Fave dei Morte (Favas dos Mortos), doces parecidos com biscoitos, mas modelados na forma de esqueletos e feijões de fava. Na Sicília, pães rituais especiais são feitos no formato de um cadáver deitado para descansar, junto com figuras de açúcar de heróis tradicionais e personagens do passado da Itália.

Yule – Solstício de Inverno (La Festa dell'Inverno)
21 de Dezembro HN, 21 de Junho HS

Dezembro era marcado por Festivais ao Deus Solar e ao Deus Agricultor Saturno. A íntima conexão entre o Sol e o crescimento da plantação pedia uma invocação de ambos os aspectos da Deidade.

Imbolg/Candlemas (Festa di Lupercus)
02 de Fevereiro HN, 02 de Agosto HS

Na Tradição Italiana esta época é chamada Luperco. Na Wicca Garderiana é o tempo da purificação. O mês de Fevereiro era consagrado ao Deus Romano Februus, que era um Deus de Purificação e Morte. Os Ritos de Purificação da Lupercália também celebrados em Fevereiro.

Ostara – Equinócio de Primavera (Equinozio della Primavera)
21 de Março HN, 21 de Setembro HS

Na Antiga Roma, o Festival de Marte, celebrando seu aspecto original de Deidade Rural, tinha lugar de 19 a 22 de Março. Março também era a época do Festival de Libéria, também conhecida como Prosérpina (Perséfone), que era entre outras coisas, a Deusa da Primavera, cuja Ascensão do Submundo era marcada por rituais realizados nos Mistérios Eleusinos no Equinócio de Primavera. O Antigo Culto Romano de Mistérios de Pompéia é um bom exemplo da antiguidade desta tradição na Itália.

Beltane – Dia da Deusa (La Giornata di Diana)
30 de Abril/01 de Maio HN, 31 de Outubro HS

Na Tradição Italiana, esta época é chamada Dia da Deusa, tomando o nome de qualquer Deusa que um grupo cultuasse: por exemplo, o Dia de Tana, na Tradição Tanárrica. O mês de Maio era marcado por Festivais de Primavera de Florália. Flora era a Deusa Romana dos Jardins e das Flores; suas celebrações de Primavera duravam uma semana e culminavam em 1º de Maio, com um grande Festival para marcar a ocasião. Na Antiga Religião Romana, Maia, a Deusa da Primavera, era cultuada em celebrações que ocorriam no seu sagrado mês de Maio.

Litha – Solstício de Verão (La Festa dell'Estate)
21/22 de Junho HN, 21/22 de Dezembro HS

No dia 20 de Junho acontecia na Antiga Roma o Festival de Sumano. Sumano era uma Deidade Rural, possivelmente de origem Sabina, associada à fertilidade e à prosperidade. Na Tradição Celta, esta era a época do Rei Divino, que derrotava o Rei do Carvalho em Combate Ritual. Os Poderes da Luz e das Trevas combatem pelos períodos de fartura e escassez da Natureza. Isso se assemelha à seita Italiana Benandanti, que nesta época do ano realizava batalhas rituais pelo resultado da próxima colheita. O Festival Romano de Vesta acontecia em Junho. Vesta era a Deusa da Lareira e do Fogo Sagrado; os Lare (Deuses Antepassados) estavam sob o seu domínio. Eles eram originalmente Espíritos dos Campos Cultivados, derivados dos Lasa Etruscos, os Espíritos dos Campos e dos Prados. Os Lasa são idênticos aos antigos conceitos das Fadas em toda a Europa. O Festival de Pleno Verão está ligado às Fadas e aos Tempos Mágicos. No Festival Romano de Vesta e seus Lare, vemos o tema da Rainha das Fadas na véspera do Pleno Verão.

Lughnasadh/Lammas – (Cornucópia)
31 de Julho/01 de Agosto HN, 02 de Fevereiro HS

O Festival de Ops acontecia em Agosto. Ops era a Deusa da Fertilidade, das Forças Criativas e das Energias Telúricas. Ela era esposa de Saturno, o Deus Romano da Agricultura, e desse modo temos a associação com a colheita. Na mitologia romana ela era identificada com a Deusa Fauna/Fátua, a Deidade responsável pela abundância da Vida Vegetal e Animal.

Mabon – Equinócio de Outono (Equinozio di Autunno)
21 de Setembro HN, 21 de Março HS

Nos Ritos Eleusinos dos Cultos Gregos e Romanos, esta era a época da Descida da Deusa para o Submundo. Os Mistérios de Morte e Renascimento eram temas ritualizados que ocorriam tanto na Grécia quanto na Roma antigas, durante esta estação.

Postado por Corvus Lucífero às 21:54 1 comentários

Marcadores: Bruxaria Hereditária

Um Segredo...

domingo, outubro 25, 2009


O Silêncio é o 
Mestre dos Mestres,
Pois ensina 
sem falar!

Postado por Corvus Lucífero às 17:58 2 comentários

Marcadores: Reflita...

O Pentagrama, Bruxaria e Bruxos...

sexta-feira, outubro 09, 2009



Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por Forças Superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com Energias Superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.


Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o Pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do Pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino. O Pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito".

A potência e associações do Pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neopagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico. Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do Pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.

Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.

Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do Pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do Pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do Pentagrama ficou conhecida como "A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.

Para os agnósticos, era o Pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua Crescente, um símbolo relacionado à magia e aos Mistérios do Céu Noturno. Para os Druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do Útero da Terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da Pirâmide. Os Celtas Pagãos atribuíam o símbolo do Pentagrama à Deusa Morrigan.

Os primeiros cristãos relacionavam o Pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao Pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.

O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o Pentagrama junto com o símbolo de Chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o Pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do pentagrama.

Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da Verdade e da Proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa.

Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um Pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro.

Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse Pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área. Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do Pentagrama e a "Proporção Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos.

Entretanto, a "Ordem dos Templários" foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.

Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos "interesses" da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O Pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos Curandeiros, dos Sábios e das Bruxas.

Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as Bruxas Pagãs e para os Sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos. Durante a purgação das Bruxas, outro Deus Cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o Pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado "Pé da Bruxa".
As Velhas Religiões e seus símbolos caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e lá ficaram definhando gradualmente, durante séculos. As Sociedades Secretas de artesãos e eruditos, que durante a inquisição viveram uma verdadeira paranóia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, já podiam agora com o fim do período de trevas da Inquisição, trazer à luz o Hermetismo, ciência doutrinaria ligada ao agnosticismo surgida no Egito, atribuída ao Deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto, e formada principalmente pela associação de elementos doutrinários orientais e neoplatônicos.

Cristalizou-se, então, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ciência oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gráfico e geométrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o período do Renascimento emergiu, dando início a uma era de luz e desenvolvimento.

Um novo conceito de mundo pôde ser passado para a Europa renascida, onde o Pentagrama (representação do número cinco), significava agora o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, "o que está em cima é como o que está embaixo", como durante muito tempo já vinha sendo ensinado nas filosofias orientais.

O Pentagrama Pitagórico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico - já não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos Magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de má sorte, etc. No calendário de Tycho Brahe "Naturale Magicum Perpetuum" (1582), novamente aparece a figura do Pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos Elementos.

Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contemporâneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo. Mais tarde, o Pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e conseqüentemente da Pura Essência concentrada de qualquer coisa, ou o Espírito para os Quatro Elementos tradicionais: Terra, Água, Ar e Fogo - o Espírito representado pela Quinta Essência (a "Quinta Essentia" dos alquimistas e agnósticos).

Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do "Laço Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema maçônico da virtude e do dever.

Nenhuma ilustração conhecida associando o Pentagrama com o mal aparece até o Século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o Pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um Pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet (figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do Pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal. Contra o racionalismo do Século XVIII, sobreveio uma reação no Século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Santa Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem.

Não é tanto uma Religião mas, sim, um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos. Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradição hermética no ocidente: a "Ordem Temporale Orientalis" (OTO), a "Ordem Hermética do Amanhecer Dourado" (Golden Dawn), a "Sociedade Teosófica", os "Rosacruzes", e muitas outras, inclusive as modernas Lojas e tradições da Maçonaria. Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simbólicas, que se relacionavam de perto com a Cabala.

Foi Levi também quem criou o Tetragrammaton - ou seja, o Pentagrama com inscrições cabalísticas, que exprime o domínio do Espírito sobre os Elementos, e é por este signo que se invocavam, em rituais mágicos, os Silfos do Ar, as Salamandras do Fogo, as Ondinas da Água e os Gnomos da Terra ("Dogma e RITUAL da Alta Magia" de Eliphas Levi).

A Golden Dawn, em seu período áureo (de 1888 até o começo da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminação das raízes da Cabala Hermética moderna ao redor do mundo e, através de escritos e trabalhos de vários de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das idéias mais importantes da filosofia e da mágica da moderna Cabala. Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o Pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos.

Era também o Pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os Três Aspectos da Deusa mais os Dois Aspectos do Deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca. Por volta de 1960, o Pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em Bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente. Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico - "A Igreja de Satanás" - por Anton La Vay.

Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o Pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do Pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo. A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o Pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neopagãos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca - que trazia como preceito básico: "Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste." Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do Pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse Bruxaria e o símbolo do Pentagrama, alguns wiccanianos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais.

Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do Pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje.

O Pentagrama é o símbolo de toda criação mágica. Suas origens estão perdidas no tempo. O Pentagrama foi usado por muitos grupos de pessoas aos longo da História como símbolo de poder mágico. O Pentagrama é conhecido com a estrela do microcosmo, ou do pequeno universo, a figura do homem que domina o espírito sobre a matéria, a inteligência sobre os instintos.

Na Europa Medieval era conhecido como "Pé de Druida" e como "Pé de Feiticeiro", em outras épocas ficou conhecido como "Cruz dos Goblins". O Pentagrama representa o próprio corpo, os 4 membros e a cabeça. É a representação primordial dos 5 sentidos tanto interiores como exteriores. Além disso, representa os 5 estágios da vida do homem:


Nascimento: o início de tudo;
Infância: momento onde o indivíduo cria suas próprias bases;
Maturidade: fase da comunhão com as outras pessoas;
Velhice: fase de reflexão, momento de maior sabedoria;
Morte: tempo do término para um novo início.


O Pentagrama é o símbolo da Bruxaria. Os Bruxos usam um Pentagrama para representar a sua fé e para se reconhecerem. O Pentagrama é tão importante para um Wiccaniano, assim como uma cruz é importante para um cristão, ou como um Selo de Salomão é importante para um judeu. O Pentagrama representa o homem dentro do círculo, o mais alto símbolo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa, já que é a estilização de uma estrela (homem) assentada no círculo da Lua Cheia (Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular:


Ponta 1 - ESPÍRITO: Representa os Criadores, a Deusa e o Deus, pois Eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 Elementos e estes Elementos são as outras 4 pontas.

Ponta 2 - TERRA: Representa as Forças Telúricas e os poderes dos Elementais da Terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.

Ponta 3 - AR: Representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência, ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.

Ponta 4 - FOGO: Representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade.

Ponta 5 - ÁGUA: Representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade.


Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os Elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos.

Postado por Corvus Lucífero às 00:29 0 comentários

Marcadores: Pentagrama

Palavras da Grande Senhora

quinta-feira, outubro 08, 2009



…Aqueles que têm desejo de aprender Meus Segredos,
E aqueles que ainda não ganharam Meus Segredos mais profundos.
Ouçam… Sob Meu Olho vigilante te ensinarei aquilo que é desconhecido…
Para a glória de toda a criação cante, festeje, dance, faça música,
E ame tudo em Minha Presença.
Pois Meu é o êxtase do espírito,
E Minha também é a alegria na Terra,
Pois minha Lei é amar todas as criaturas.
Eu suplico a você que mantenha puros seus mais elevados ideais,
Que sempre os busque e não deixe que ninguém te pare ou te desvie.
Pois Meu é o Segredo que abre a Porta da Juventude,
Meu é o Cálice do Vinho da Vida…
O Cálice Sagrado da Imortalidade.
Eu Sou a Graciosa Deusa que dá o presente da alegria ao coração do homem.
Quando se reunirem em Meu Nome, Eu te darei conhecimento do Espírito Eterno,
e após a morte, Eu te darei paz e liberdade,
E há a seu tempo união com aqueles que se foram antes…
Eu clamo a tua alma para que se eleve e venha até a Mim.
Pois Eu Sou a Alma de toda a Natureza que dá vida ao Universo.
De Mim procedem todas as coisas, e a Mim todas as coisas devem voltar,
Amada pelos Deuses e pelos homens…
Assim deixe haver beleza e força, poder e compaixão,
Honra e humildade, alegria e reverência dentro de você.
A você que me procura, saiba que buscando e ansiando não lhe dará proveito,
a menos que saibas o Mistério.
Pois aquilo que você busca, se não encontrares dentro de você mesmo,
nunca encontrarás fora.
Pois veja, Eu estou com você desde o principio,
E Eu Sou Aquela, a quem se chega ao final do desejo.
Lembre-se disto, pois iluminará o caminho,
E te levará até o teu mais sagrado de todos os Mistérios.

Postado por Corvus Lucífero às 18:32 1 comentários

Marcadores: Carga Divina

Sacudindo a Terra

quarta-feira, outubro 07, 2009

Um dia, o cavalo de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria. Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o camponês pensava no que fazer.


Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que o cavalo já estava muito velho e não servia mais para nada, e também o poço já estava mesmo seco, precisaria ser tapado de alguma forma.


Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o cavalo de dentro do poço. Ao contrário, chamou seus vizinhos para ajudá-lo a enterrar vivo o cavalo. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.


O cavalo não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, e chorou desesperadamente. Porém, para surpresa de todos, o cavalo quietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou.


O camponês finalmente olhou para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o cavalo a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram como o cavalo conseguiu chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e sair dali trotando.


A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra. Principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e dar um passo sobre ela. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos. Use a terra que te jogam para seguir adiante!


Recorde as 5 regras para ser feliz:


1 - Liberte o seu coração do ódio.
2 - Liberte a sua mente das preocupações.
3 - Simplifique a sua vida.
4 - Dê mais e espere menos.
5 - Ame mais e... aceite a terra que lhe jogam, pois ela pode ser a solução, não o problema.


QUE AMANHÃ SEJA UM DIA AINDA MELHOR DO QUE FOI HOJE!

Postado por Corvus Lucífero às 11:47 1 comentários

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Raízes Históricas da Stregheria

terça-feira, outubro 06, 2009


A Itália (como um país unificado) é uma inovação moderna que surgiu nos últimos 130 anos. Para as especificidades culturais italianas, cada região e cidade tinha sua própria identidade. A xenofobia era muito comum e a sociedade moderna fez pouco para mudar o fato. Portanto, cada região e cada cidade – até mesmo cada família – pode ter a sua própria Tradição, com suas raízes distintas, seus métodos e seu “conhecimento secreto”.


O Sul da Itália teve, desde tempos antigos, um forte influxo de culturas Gregas e Etruscas. Tais eram os numerosos templos no Sul da Itália e na Sicília que os historiadores deram à área o nome de “Magna Graecia” (ou Grécia Maior). Além disso, houve uma forte influência Fenícia e Egípcia, através do comércio. Com Roma, a influência dos cultos latinos começou a se enraizar, embora o Sul da Itália tenha mantido seu distinto saber não-romano através de sua história.


Podemos encontrar muitas evidências que ligam as práticas modernas da Arte a precedentes Gregos e Romanos. Foi Ovídio quem notou que as Bruxas se encontravam a noite para celebrar os Mistérios da Deusa Tripla. As Bruxas de Tessália começaram a prática da Puxada da Lua do céu. Theoricitus menciona que as Bruxas da Grécia e do Sul da Itália faziam preces e encantamentos à Lua.


Em tempos mais recentes, durante as Cruzadas e a Renascença Italiana posterior, os árabes deixaram sua marca no Sul da Itália. Isso aconteceu principalmente na Sicília, Sardegna e Malta. Por exemplo, as tradições da Tarantella (uma dança baseada em folclore mágico) tem suas raízes e muitas similaridades com danças do Oriente Médio feitas por mulheres para curar doenças, prever o futuro e receber visões dos mortos.


Nas Ilhas da Sicília e de Malta, você também encontra fortes traços do folclore francês e germânico, trazidos pelos invasores Normans. Devido à presença da Igreja Católica e Ortodoxa Romana no Sul da Itália, antigas Divindades foram identificadas com os santos. Por exemplo, um festejo de Demeter que acontecia no final de Julho – e se tornou cognato com as tradições católicas de Lammas (1 de Agosto) e a Festa de Maria, Rainha dos Céus (15 de Agosto), com os festejos de Hecate e Diana.


Na América, com nossa sociedade multicultural/plural, diferentes culturas Italianas se misturaram (muitas vezes involuntariamente) até encontrar uma identidade comum. O mesmo aconteceu com as tradições da Arte provenientes da Itália e das Ilhas. Também começamos a tanto complementar como suplementar nossas práticas tradicionais da Arte através do contato com a Wicca Tradicional, o Helenismos, a Religião Romana, Tradições Africanas (especificamente, Santeria), Espiritismo Kardecista e outras vertentes Esotéricas.

Postado por Corvus Lucífero às 12:10 0 comentários

Marcadores: Bruxaria Hereditária

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