De presente de ano novo iniciarei um grupo de postagens sobre Magias e suas Leis respectivas, colocarei no Blog textos que vagarão desde Franz Bardon a Escritos Órficos, falarei sobre alguns tabus, como por exemplo o nosso velho Altar, e também sobre pequenas, porém, importantes coisas do Universo da Magia. O primeiro texto de Franz Bardon no livro: "Magia Prática - O caminho para se tornar um verdadeiro adepto", segue abaixo, já entitulando a postagem. Colocarei sempre o título do livro, fomentando assim a pesquisa e leitura da obra citada, quaisquer dúvidas quanto a nomeclaturas e sobre as obras, podem expor nos comentários, na medida do possível aprenderemos juntos. Então, boa leitura e responsabilidade com o conhecimento.
"Abandonaremos agora o
microcosmo, portanto o homem com seus corpos terreno, astral a mental, e passaremos a tratar de outras questões, cuja solução também preocupa o futuro
iniciado. Um desses problemas é sobretudo o problema da VERDADE. Inúmeros filósofos
já se ocuparam a ainda se ocupam, e a nós também cabe essa tarefa.
Consideraremos aqui só aquelas
verdades cujo conhecimento exato somos obrigados a dominar. A verdade depende
do reconhecimento de cada um, e como não temos todos a mesma concepção das
coisas, também não podemos generalizar essa questão. É por isso que cada um de
nós, se for sincero, possui a sua própria verdade de acordo com o seu grau de
maturidade e a sua concepção das coisas. Só aquele que domina e conhece as Leis Absolutas do macro a do microcosmo pode falar de uma verdade absoluta. Certos
aspectos da verdade absoluta com certeza serão reconhecidos por todos.
Ninguém duvidará da existência
de uma vida, uma vontade, uma memória e uma razão; ninguém contestará tais
coisas tão evidentes. Nenhum verdadeiro iniciado forçará alguém que não está
suficientemente maduro a aceitar a sua verdade, pois a pessoa em questão só
passaria a encará-la de seu próprio ponto de vista. É por isso que seria inútil
conversar sobre as verdades supremas com os não-iniciados, a menos que se
tratem de pessoas que desejam muito conhecê-las, a que portanto estão começando
a amadurecer para elas. Todo o resto seria profanação, e incorreto do ponto de
vista mágico. Lembrem-se das palavras do grande mestre do cristianismo:
"Não joguem pérolas aos porcos!"
À verdade pertence também a
distinção correta entre a capacidade, o conhecimento e a sabedoria. Em todos os
campos da existência humana o conhecimento depende da maturidade, da capacidade
de assimilação da memória, da razão e da inteligência, sem considerar se esse
conhecimento foi enriquecido através da leitura, da comunicação ou de outro
tipo qualquer de experiência.
Entre conhecimento e sabedoria
existe uma diferença imensa, e é muito mais fácil obter conhecimento do que
sabedoria. A sabedoria não depende nem um pouco do conhecimento, apesar de
ambos serem, numa certa medida, até idênticos. A fonte da sabedoria está em
Deus, e portanto no princípio das coisas primordiais (no Akasha), em todos os
planos do mundo material denso, do astral e do mental.
Portanto, a sabedoria não
depende da razão e da memória, mais da maturidade, da pureza e da perfeição da
personalidade de cada um. Poderíamos também considerar a sabedoria como uma
condição da evolução do "eu". Em função disso a cognição chega a nós
não só através da razão, mas principalmente através da intuição ou da
inspiração. O grau de sabedoria determina portanto o grau de evolução da
pessoa. Mas com isso não queremos dizer que se deve menosprezar o conhecimento;
muito pelo contrário, o conhecimento e a sabedoria devem andar de mãos dadas.
Por isso o iniciado deverá esforçar-se em evoluir, tanto no seu conhecimento
quanto na sabedoria, pois nenhum dos dois deve ser negligenciado nesse
processo.
Se o conhecimento e a
sabedoria andarem lado a lado no processo de evolução, então o iniciado terá a
possibilidade de compreender, reconhecer a utilizar algumas leis do micro e do
macrocosmo, não só do ponto de vista da sabedoria, mas também em seu aspecto
intelectual, portanto dos dois pólos.
Já tomamos conhecimento de uma
dentre muitas dessas leis, a primeira chave principal, ou seja, o mistério do
Tetragrammaton ou do magneto quadripolar, em todos os planos. Como se trata de
uma chave universal, ele pode ser empregado na solução de todos os problemas,
em todas as leis a verdades, em tudo enfim, sob o pressuposto de que o iniciado
saberá usá-lo corretamente. Com o passar do tempo, à medida em que ele for
evoluindo e se aperfeiçoando na Ciência Hermética, ele passará a conhecer
outros aspectos dessa chave e a assimilá-los como leis imutáveis. Ele não terá
que tatear na escuridão e no desconhecido, mas terá uma luz em suas mãos com a
qual poderá romper todas as trevas da ignorância.
Esta breve descrição deve ser
suficiente para que o futuro iniciado saiba como se posicionar diante do
problema da verdade."
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